Até pensei que mudar-se ajudaria.
Em vão.
Mudei-me e ela ainda me persegue.
Não tem nada em seu peito.
A caixa toraxica vazia, como vacuo.
Deve ter depositado o que se chama coração
em uma dessas caixas de papel que se embrulha com celofane.
"Porque me persegue?" questionei-a.
"Voce é um cara interessante e eu gosto de caras assim".
"E porque não pede logo que eu a coma?".
"Voce não seria capaz", disse ela,"Sou uma brasa".
Então mandei que fosse embora e terminei.
Existe razao para que se viva com frequencia?
A razao não sei, mas motivos podem ser encontrados
em pequenas coisas. Perseguiçoes, carros quebrados,
fotografias recortadas, aneis de formatura, iscas, molas,
tambores de percussão, no amor.
"Voce é o primeiro que vejo que é alguem hoje".
Que merda, persegue-me.
domingo, 13 de dezembro de 2009
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5 comentários:
Nossa, amei!
haha, adoro ler coisas de gente da sua laia.
Se tu me entende bem bukowskiano assim por se dizer. Gostei, e creio que tem muita coisa interessante aqui para ver ainda abraço.
Poeta dos mundos.
Ah vi o link ali no canto da moça bonita, bem tratada, três séculos de família.
Era meu antigo blog, dê uma confirida nos meus atuais agora; Já que aquele antigo não existe mais
sempre uma escrita inquieta, emvolvente, nunca tênue.
eu gosto muito!
abraços, café.
Voltei meu compadre café, voltei!
E não sabe de como senti falta disso aqui!
sinta-se abraçado!
;)
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