sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A aranha nociva e todo seu veneno.

Ela sugava-lhe os bagos de maneira a chegar a doer.

Uma dor de prazer.

Dor inigualavel essa.

Com mãos tenras e sacanas,

alisava-lhe o membro ereto,

principalmente na sua cabeça,

sedenta.


Ela penetra-lhe o olhar, como sendo ela a encarnação

do demonio. E que demonio.


No alto de seus cabelos negros

e sua pele macia e branca,

seus olhos malhandros,

convidativos, e seus peitos.

Peitos fartos de anjo.

Se anjo tem peitos não sei.

Mas ela os tinha e confundia-lhe a cabeça.


Ele desistira ali

de qualquer tentativa erronea de

absolvição.

Sabia que a teia o pegara.

Pegara de jeito, a teia.


A aranha nociva e todo seu veneno.

Ele se debatia, de puro tesao,

se debatia e gemia.

Degladiava o pau contra aquela boca.

Ela adorava, e chupava-lhe

como se não ouvesse ali, mais nada.

Não havia.

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