terça-feira, 22 de setembro de 2009
Nada esconde-se atras do espelho, morto.
As voltas no espelho,
tentam esconder os anos.
Quando o batom vermelho
já não cai tão bem
assim e
a meia-calça não faz
o mesmo efeito.
A tintura nos cabelos
tentam esconver os anos.
Quando os fios são brancos
e o corpo não aguenta mais
os anos de outrora.
Ela, velha e cansada
padece morbida sobre sua cama.
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3 comentários:
Gostei demais daqui.
café,
há um tom mais agudo no verso deste post. gostei da narrativa sem qualquer sentença, apenas relatando o desgosto de perecer. (comum a todos nós, não?)
o eu lírico feminino dá boas chances dramáticas para tornar o verso mais próximo de quem o lê, afinal é a mulher que se mira no espelho o tempo todo e por tanto se observa mais de perto ao envelhecer.
o título é muito bom também e tem a carga necessária para nos fazer querer desvendar o verso.
muito bom!
grande abraço!
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