quinta-feira, 21 de maio de 2009

Salto alto e duas galinhas mortas.


Era outra daquelas noites em que se deve tentar dormir. Carros, tiros. O silencio ensurdecedor de meus moveis rangendo com o vento, me inibia e entediava. Fotografias dos que gosto era minha única companhia, com exceção dos três ratos na cozinha, mordiscando o que sobrou de minha comida.
Resolveu sair. Quem? Meu eu.
Encontrei uma loja de bebidas aberta. Uma dessas em que o filho-da-puta do balcão, quer sempre mais grana e não ta nem ai pra vida, diversão. Comprei cervejas. Dez. E petiscos. Frango assado, azeitonas e alguns pretzels na tentativa de livrar-me de mim mesmo. Sai dali com a sensação de que não voltaria. Não voltaria pra mais nada. Talvez sim para casa. Tentei.
Sai pela rua e entrei na de meu prédio. Fazia frio.
Na volta, vi uma garota entrando em um prédio em frente ao meu. Sarcástica, usava uma minúscula saia apertada e salto vermelho. Já havia a visto, mas nunca como hoje. Eu estava entediado, vocês sabem, e isso é encorajador. Sublime, para um cara como eu: Pobre, sem expectativas e com fotografias dos que gosto no bolso.
Entrei, como que por impulso, no prédio dela. Vi quando a porta se fechou. Bati firme e então ela entreabriu a porta e eu mostrei as cervejas e os petiscos. Ela me olhou dos pés a cabeça, hesitou com o olhar mais sacana que já vi. Abriu. Entrei.
Lugar simples, porem, exótico. Muito.
Sentei-me numa poltrona branca na sala, de frente a vitrola. Alguns discos ao lado e um por cima do aparelho. Beatles. Aquele que faz menção ao lendário enterro do Mccartney. Baboseiras. Abri uma cerveja e dei outra a ela. Ela agradeceu cm um sorriso no rosto.
- Como te chamam?
- Marina.
- Beny. E ergui a lata, em brinde a tão belos nomes e peitos.
Marina sentou-se a cinco pés de distancia de mim e fez questão de cruzar as pernas. Mesmo com toda aquela minúscula saia. Calcinha branquinha, rendinha francesinha, pequenininha. Linda.
Sorri olhando aquelas pernas. Tava tudo muito gostoso. E fácil.
Levantei e fui em direção a ela. Segurei-a pelos cabelos, fazendo sua cabeça inclinar-se e beijei aquela boca como nunca havia beijado algo antes. Ela me beijava como se nada importasse ali. Apertava meu pau, duro, pulsante, gritante e protestador.
Afastei-me e fui ate a janela.
- Gosta do que vê benzinho? Pergunta.
- Não e nem do que sei.
- E do que sabe?
- Que gosto de beber, sexo, mulheres e jogos de futebol. Ah, adoro o Buk. Sei também que preciso de outra cerveja.
Vou até a geladeira, onde ela havia colocado as que eu trouxe e pego outra. Sobre a mesa, dois ratos se divertem com pedaços de bolo velho. Lembro que preciso alimentar os meus, do contrario serei sozinho de vez. Volto a sala. Encontro-a de calcinha e blusa. Que rabo. Redondinho, duro, grande.
Encosto nela e roço meu membro naquela bunda. Que bunda.
- Gosta do que sente, benzinho? Irônico, pergunto.
- Não, ela diz, nem do que sei.
- E do que sabe?
- Que se não estiver naquela cama com seu pau na minha boca, vou enlouquecer e te jogo pela janela, benzinho.
Então ela se vira, me senta na poltrona branca na sala e liberta-me. Chupa-me o pau com vontade, lambendo e sugando ate a alma. Começo a gemer, me contorcer, a ponto de amassar a lata na minha mão. Gozo. Encho a boca dela da mais pura porra. Pura não! Cheia de cerveja.
Ela cospe tudo em mim e volta a sugar-me. Não se cansa. Eu sim. Mando-a tomar banho. Ela obedece com satisfação e excitação.
Quando vou ao banheiro a vejo toda molhada. Um corpo curvo e sem defeitos aos meus olhos. Peitos lindos. Boceta desenhada a mão. Pernas que ate deus duvida. E a bunda ... Bem, a bunda vocês já conhecem. Eu também. Vou ate ela, com ele ainda duro.
Encosto-a na parede, levantando sua perna e a beijo, deixando apenas pau e boceta à namorar. Ela ajuda e segura o pau com a mão, mostrando o caminho certo. Meto com força. Estocadas firmes e malemolentes. Depois de alguns minutos, gozamos juntos e tudo se transforma.
Casamos.
Juntamos nossos trapos, ratos e sexos. Belo dia para se sair e comprar cervejas com fotografias dos que gostamos na bolsa. Grande dia para não se voltar mais. Não voltar para nada.

4 comentários:

Camila Rodrigues. disse...

"Salto alto e duas galinhas mortas."
gostei do nome :)
gosto de tudo q vc faz.

Leonor Varela disse...

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

Boa semana
um beijo

Eleonora Marino Duarte disse...

cafenosanguecura,

vou ler o que perdi daqui, de hoje para trás. demorarei por pura falta de tempo, mas vou colocar em dia.

o teu texto é ótimo!

obrigada pela oportunidade de conhecer.

grande abraço!

Anne Elisabeth disse...

mais um texto otimo!
Essa inspiração sexual chega a ser avassaladora!

haha
;)

te presenteei com um selo no meu blog;
Por mais que essas coisas não agradem a todos, fique só com gesto de admiração se quiser.
Boa semana pra você, café.

;D