domingo, 11 de janeiro de 2009

Sabino da Rosa entregue e despetalada.


Infimo. Austero. Conservador. Um homem assim pode considerar-se um verdadeiro guerreiro. Sabino da Rosa considerava-se e o era. Seu pai, fora um homem de costumes rigidos, militares. Sua mãe, uma beata fervorosa que tivera nove filhos. Sabino era o sexto filho.

Dono de uma voz indubitavelmente sedutora, ele fora por anos um rapazote desejado, mas retraia-se. Seu pai o queria doutor advogado. Sua mãe, Conego. Ele nao aceitara isso de coração, mas obedecera seus pais, ou morreria a mingua.

Sabino sabia que perderia sua mãe em pouco tempo. Meses, horas, minutos, agora. Triste fora a noticia, mas triste ainda a cena. Com os olhos flamejantes de lagrimas, seu pai ajoelhara à cama da defunta e chorara o que tinha para chorar. Sabino sentira lastima profunda, mas tambem um leve gosto de lasciva, pois com sua mãe morta, seu futuro de conego estaria liquidado, teoricamente. Restara seu pai e a advocacia. Mas isso ele tiraria de letra. Queria viver de gandaia e sendo advogado abastado, teria mais gandaia do que desejara.

Até que conheceu a Rosa. Rosa Maria. Mulher de bons modos, linda, morena, jovem, seios fartos, coxas de matar qualquer. Apaixonara-se por ela, como que por encanto, magia do destino, esse filho da puta dono de nossas vidas. Apaixonara-se de tal forma que via seu nome em todos os artigos da constituição. Ela era senhora, casada a um ano e seis meses, mas Sabino nao aceitara. Ele se chamava da Rosa, Sabino da Rosa. O destino eram eles dois e como que por feitiçaria, ele aparecera para ela em um sonho e declarara sua paixão obsseciva. Ela gozou ainda dormindo e ele tambem. O porque? nao se sabe. Mas estão mortos nos seus mundos proprios agora. Ninguem entra e tampouco sai.

4 comentários:

Bárbara Cecília disse...

uau...
pelo menos ela n terá dores, haha :*

Anne Elisabeth disse...

achei que você nem me visitasse mais, por conta do tempo qe dei do blog.

Fico muito feliz mesmo. Sempre venho por aqui, mesmo sem comentar, leio-te smepre.

de volta a ativa agora.
e sempre com a cura nos olhos.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
LNabuco disse...

Paixão entregue...isso toca a alma da mulher!
Os sonhos lúcidos e lúbricos de promessas e encontros...
Lindo..para pensar...