
Era uma mulher com lagrimas pretas no rosto. Pretas como todos os idolos de sua infancia. Seu nome era nome preto, como suas lagrimas. Ela chorara pelos anos que passara em clausura de pensamentos e revelações. Ela chorara pelo seu homem, perdido no meio de tantas cervejas e vodkas. Um homem de costumes pretos. A maior e unica diversão dela, eram as noites pretas e mortas, com a vitrola tocando o bolero de sua vida. Ela fazia das tripas coração e do coração, vida. Vida nostalgica e erotica e preta. Era 1969, um domingo preto. Suas amigas convidaram-a para um baile, rosa e verde, mas ela o perdera, assim como o seu homem tambem. Morrera 10 mnutos antes da hora marcada. Foi vodka, uisque e cocaina. Três assassinos, talvez pretos. Três assassinos infames.
Sua vida agora achara sentido e rumo. Chovera na hora da morte. Uma chuva transparente, sinal de que sua vida mudaria. Mudou. Ela sorriria até o seu ultimo dia de vida, sorrisos amarelos, secando de vez suas lagrimas pretas. Seus olhos verdes devenearam viver, enfim. Dissolutos. Tornaram-se dissolutos e sinceros.
Morrera numa madrugada, dois dias depois que seu homem se fora. Morrera num quarto de motel. Vodka, uisque e cocaina. Três assassinos voltavam a atacar. Ela quisera a morte identica a do seu homem. Ela fizera da vida coração e do coração, tripas involuntarias. Ela morrera e so seria reconhecia pelas lagrimas pretas e seus idolos pretos e desnudos mortos e por todas as vezes que nao disse nao. Uma amante fiel e inigualavel, mas morrera preta de amor e tesão.
4 comentários:
é teu esse texto?
Sim, são meus! Perguntei se são teus, pq se são, não tem nada de blogueiro fracassado aqui, são muito bons!
Legal, vou acompanhar teu blog mais seguido...
Cor,dor,sinceridade,sofreguidão...
Espamos...
Dissolução.
Fui um pouco ela.
Postar um comentário