quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Mulher, vida, cervejas? paz que não se encontra lugar nenhum.


A música não importa quando se tem um bom e velho romance casual em mãos, ou as vezes importa sim, se a música é o que te alimenta. Bem, o que me alimenta também, são coisas inoportunas, em dias inoportunos. Besteiras na TV, ou nos jornais. Não escrevo a alguns dias e isso me deixa bastante irritado. Não porque eu tenha que escrever e sim porque confunde minha cabeça, ter as palavras me martelando e de nenhum modo liberta-las.Bukowski me alimenta também, mas não tenho dormido com ele nos últimos dias. E não tenho o que dizer.

Uma loira desinteressada em tudo o que possa ela imaginar, passou em minha frente certo dia e deixou no ar, alguma coisa que nem eu, nem ela e nem ninguém, conseguiu decifrar. Nem mesmo com minhas meninas traquinas, nada me foi revelado. Ela tinha um cinismo incongruente, nos olhos, maledicente diria. Não entendo como, nem porque, mas nada saia de sua vista que não fosse perceptível pelos olhos dos homens no local e fora dele também. Ela ia de um pólo a outro sem dar idéia de quem era ela, do que era ela. Em qualquer momento, ela poderia ir embora dali, e aquele vazio em todos os olhos, desaguaria nos copos vazios também. No fim de tudo, aconteceu o temido e imutável. Sumiu a mulher desinteressada em tudo o que possa ela imaginar, sem vestígios algum, e tudo foi por água a baixo.

Cedo ou tarde, tudo se resume a um ponto de vista, mas todas as vistas cegaram e o bar fechou.

Um comentário:

LNabuco disse...

Do inoportuno suge sempre o que dizer...
Tenho dias semelhantes..nada sai...ou se sai nem percebo...
De qualquer forma as palavras voltam a se encontrar,dessa forma misteriosa e bela.Natural.

Beijos!