domingo, 11 de janeiro de 2009

Luzes torrentes e essenciais.

Eu era um cara qualquer ontem. Hoje sou apenas mais um cara. Existe uma diferença crucial nisso. Os dias! Ontem vai ser sempre ontem, mas amanha pode nao chegar, principalmente para quem vive de luz. Luz. Luzes. Lustre. Ilustre. A luz é ilustre e um imã para os mortos. As luzes da madrugada andam de mãos dadas e atadas, tipico de filmes 'B'. As madrugadas mortas, os dias falecidos, as horas trepidantes no relogio a prova de agua na parede da sala, servem so para atrasar meus batimentos e duvidas.

Quem matou Getulio Vargas? Eu! Eu matei Getulio, Lennon, o Paul e todos meus sonhos e idolos, da mesma forma que o Herzog matou a si mesmo. Não com uma corda, mas com as visceras.

Mas a luz ofusca meus netos as vezes, e meu cachorro embebeda-se com ela. No Escuro a luz é um prato cheio para a solidão de minhas entranhas, com minha cabeça numa bandeja completamente dissimulada. No bar, a luz é o meu copo e café no sangue com luz, cura!

Um comentário:

LNabuco disse...

Manifesto pleno de poesia!!

Que cura ,extravasa e embriaga!