Trecho do livro, "O Anticristo", Friedrich Nietzsche.

... O que é cristão é um certo senso de crueldade para consigo e contra os outros; O ódio contra aqueles que pensam de modo diverso; A vontade de perseguir. Idéias sinistras e irritantes estão em primeiro plano; O regime é escolhido de tal maneira que favoreça os fenômenos mórbidos e superestimule os nervos. O que é cristão é o ódio contra o intelecto, contra o orgulho, a coragem, a liberdade, a libertinagem do espírito. O que é cristão é o ódio contra os sentidos, contra a alegria dos sentidos, contra a alegria em geral... Quando, antes de qualquer coisa, a fé é necessária, segue-se disso o descrédito da razão, do conhecimento, da investigação intelectual: O caminho da verdade se torna o caminho proibido... É preciso manter os sofredores por uma esperança, à qual não se possa opor nenhuma realidade - que não possa ser aniquilada por nenhuma realização: uma esperança do além... Para que o amor seja possível deus precisa ser uma pessoa; Para que os instintos possam ter seu espaço, deus precisa ser jovem; Para suscitar o fervor das mulheres, deve ser exposto um belo santo jovem. Para suscitar aquele dos homens, deve haver uma virgem maria. Isso, supondo que o cristianismo queira dominar um território onde cultos de Afrodite ou de Adônis já tenha estabelecido uma noção de culto. A exigência da castidade reforça a veemência e a interioridade do instinto religioso. O amor é o estado no qual o homem vê as coisas como não são. A força de ilusão atinge nele seu auge, assim como a força de suavização, de transfiguração. No amor, suporta-se mais que de costume, tolera-se tudo. Era necessário inventar uma religião na qual se pudesse amar: Graças ao amor, supera-se o que há de pior na vida - sequer se chega a vê-lo mais - Tudo isso se alcança com as três virtudes cristãs, fé, caridade, esperança: eu as chamo de as três astúcias cristãs.

Sei que nem todos concordaram, mas blogs servem pra expormos ideias que carregamos e não agradar pessoas que conhecemos, direta ou indiretamente. As palavras ditas nessa publicação, são leituras de minha vida e consequentemente, meus pensamentos. Deleitem-se e aprovem ou não. Friedrich W. Nietzsche